“A cultura organizacional reflete a mentalidade que predomina na organização”
Essa frase nos ajuda a entender o que é a cultura organizacional, ainda que seja um conceito amplo, pode ser percebido nas crenças e em práticas diárias das empresas. É tipo em casa: o copo deve ser guardado virado para cima ou para baixo? Cada família tem o seu jeito “certo”, e claro, com o bom argumento para defender. Apesar de este ser um bom exemplo, é preciso entender que tanto nas famílias quanto nas empresas existem traços mais profundos e subjetivos que refletem na maneira de agir e tomar decisões.
O doutor e mestre Idalberto Chiavenato, um dos autores brasileiros mais respeitados na área de administração de empresas e recursos humanos, afirma que cultura é a maneira pela qual cada organização aprendeu a lidar com seu ambiente e com seus parceiros - funcionários, clientes, fornecedores, acionistas, investidores, etc. É uma complexa mistura de pressuposições, crenças, valores, comportamentos, histórias, mitos, metáforas e outras ideias que juntas, representam a maneira particular de uma organização funcionar e trabalhar.
Veja exemplos de grandes empresas:
Procter &Gamble – Administradores fazem memorando que não ultrapassam uma página.
DuPont – As reuniões começam com um comentários obrigatório sobre segurança.
Toyata – Pessoal vidrado em perfeição
IBM –Leva ao máximo a preocupação com respeito aos funcionários como pessoas.
Mas porque trabalhar e investir na Cultura Organizacional?
Definitivamente, porque a cultura organizacional é a maneira como a sua empresa é conhecida. Influencia na produtividade da sua equipe, na satisfação dos seus clientes e na sua reputação no mercado. Criar e trabalhar na cultura da sua empresa é influenciar na forma como seus colaboradores percebem seus trabalhos, é aumentar as chances das contratações serem um sucesso e que pessoas se identifiquem com seus produtos e serviços.
Nesse sentido Chiavenato é assertivo ao falar do contexto cultural:
Todos os seres humanos são dotados de cultura, pois fazem parte de algum sistema cultural. Em função disso, toda pessoa tende a ver e julgar as outras culturas a partir do ponto de vista da própria cultura.
Elementar e complexo ao mesmo tempo, pois se o que existe de mais importante em toda e qualquer empresa são pessoas -tanto as que atuam para negócio, quanto as que consomem/usufruem do que é oferecido – porque algo que é intrínseco as pessoas é visto como um detalhe?
A criação dos hábitos e valores da empresa, bem como a transferência desses ativos, requer convicção e engajamento das pessoas, o sentimento de pertencer e acreditar que cultura construída no seu trabalho é um forte componente da sua vida.
A capacidade de produzir cultura é inerente ao ser humano
Sim, ela já existe na sua empresa! Talvez você não tenha consciência, mas seu novo colaborador já a percebeu e sua permanência na empresa depende além do cargo e do salário, de sua identificação com a cultura organizacional. E tem mais: a produtividade, os números, os resultados obtidos neste semestre têm a ver com ela também.
Se existem sistemas tipológicos para pessoas como o MBTI e o Eneagrama, porque não existia para as empresas? Ao considerar os valores morais, éticos e a postura interna, a consultora britânica e especialista em cultura organizacional, Carolyn Taylor, criou em seu livro "
Walking the Talk : a cultura através do exemplo", um método de desenvolver uma cultura organizacional saudável através de 6 arquétipos:
Achievement: Busca incessante por resultados.
Customer Centric: A empresa que entrega excelência, alcança satisfação e consegue reter seus clientes.
One-Time: Empresas que trabalham juntas para operar fluentemente, de forma eficiente para maximizar a qualidade e a partilha de conhecimentos.
Innovation: Empresa líder na criação de produtos novos e diferentes.
People First: Empresa focada em atrair e manter talentos melhores.
Greater Good: Cultura voltada para uma boa cidadania corporativa, que contribua para a sustentabilidade e bem-estar da comunidade.
Qual se identifica mais com o seu negócio? Assim como para as pessoas, para as empresas o autoconhecimento pode ser o primeiro passo para o sucesso.
Fontes:
Anefac
Google books
Administração e Gestão
Exame
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