Sim, a liderança feminina a frente de negócios já é notória. Dados do Sebrae divulgados em 2014 apontam que 52% dos novos empreendedores – com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres. Em Santa Catarina, esse número também deu um salto de 25% neste ano, conforme dados do Conselho Estadual da Mulher Empresária –
Ceme*.
Para fortalecer ainda mais esse protagonismo, o Ceme promove a AGO – Assembleia Geral Ordinária que promove a integração e troca de experiência de suas integrantes. Dessa vez o evento que une mulheres dos regionais do sul, extremo sul e litoral catarinense acontece em Balneário Camboriú, no próximo dia 26 de junho.
Para a coordenadora do
Núcleo da Mulher Empreendedora – Numea** da cidade, Aline Voigt o encontro é uma oportunidade para geração de negócios e conhecimento das nucleadas. “Integro a associação empresarial há três anos, reconheço que já conquistei muitos clientes pela entidade e sei que sou cliente de muitas colegas, isso é bacana, primamos pelo cooperativismo que ajuda a evolução dos negócios de todas”, explica a anfitriã do evento.
A direita, Aline Voigt assume a coordenação do Numea. Gestora da Sankhya, há três anos integrante da Acibalc
Um perfil diferenciado
Segundo a pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) divulgada pelo Sebrae em 2014, as mulheres se preocupam com a qualificação profissional e por isso o empreendedorismo feminino é mais escolarizado. O presidente do Sebrae, Luiz Barretto explica que “as mulheres estão investindo em qualificação, buscam acesso às informações, não permitem amadorismo”.
Na pesquisa do Sebrae – GEM, 49% dos donos de novos negócios (onde as mulheres são maioria) tem ao menos o ensino médio completo. Outra pesquisa apresentada no 3º Fórum Empreendedoras 2014, promovido pela Rede da Mulher Empreendedora (RME), destaca o perfil desse grupo e sua preocupação com a formação acadêmica, 58% tem até graduação completa e 7% possuem mestrado e doutorado.
(Confira aqui infográfico sobre o mercado delas)
Contudo, o perfil da RME apontou que a mulher brasileira utiliza pouco o netwoking no mundo dos negócios. Para a diretora da Rede, Ana Lucia Fontes, "esse comportamento está mudando, e essa pesquisa é a comprovação disso”, disse no 3º Fórum Empreendedoras 2014.
Para ampliar essa rede de contatos é que entidades como as associações empresarias criam seus núcleos. A contadora Aline Voigt é gestora da empresa
Sankhya – empresa de software de ERP – e afirma que eventos desse formato são essenciais para geração de novos negócios.
“Nossa assembleia traz cases de sucesso, palestras, visita técnica e principalmente espaço para conversa e apresentação dos serviços e produtos entre as associadas”, explica.
*Conselho Estadual da Mulher Empresária é o braço feminino da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC. Formado pelos Núcleos das Mulheres Empresárias de todo o estado, o CEME reúne hoje 46 núcleos que movimentam cerca de 700 empresas.
** Numea – Núcleo da Mulher Empreendedora da Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc).
Fontes:
http://exame.abril.com.br | http://www.portalmulherexecutiva.com.br | http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira
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